domingo, 6 de fevereiro de 2011

O vôo da abelhinha


A imaginação é um monte de sementes que a gente joga no ar e nasce um monte de flores coloridas.
No jardim de flores voava uma linda abelhinha, que veio visitar as flores para buscar néctar e polinizá-las.
Todas as flores queriam abraçar um pouquinho a abelhinha, então nasceu essa música:


Música

O vôo da abelhinha

A abelhinha que voa baixinho;
Voa pousando em todos os vasinhos.

É uma abelhinha que voa brincando;
Cantando feliz e rebolando.

A abelhinha que voa pro céu;
Adora brincar e fazer mel.

Chega na flor e fica feliz;
Fazendo careta e mexendo o nariz.

Voa abelhinha!
Voa abelhinha!
Que eu quero ouvir as suas asinhas.


Zummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm


Todas as crianças fazem zummmmm de braços abertos como se estivessem voando...


Paulo Ribeiro de Alvarenga
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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A bruxinha





A bruxinha

Quem não a conhece sente medo dela, pois basta a lua cheia aparecer para ela surgir voando em malabarismos espalhando seus feitiços.

A lua ilumina sua roupa preta e seus olhos brilham como duas bolinhas de fogo fazendo queimar o coração de tudo que ela olha, por isso sinto essas labaredas queimando o meu coração.

Lá vai ela voando com seu chapéu grande e seus cabelos longos espalhados no vento à procura de ingredientes para a sua poção mágica de feitiçaria. Ela pega uma teia de aranha aqui, uma asa de morcego ali, um pouquinho de amor dos apaixonados e uma dose de medo dos apavorados para assombrar nossos pensamentos.

Eu me encanto olhando a bruxinha voar, mas com medo dela pousar, pois uma vez ela me transformou em um sapo, mesmo assim as substâncias da sua bruxaria e o seu jeito de me amaldiçoar, me fez apaixonar.

Ela passa voando pela lua branca, volta voando em frente da lua dourada que com seu voar doce se transforma em uma lua caramelada.

Sou um sapo que vive pulando na lagoa e de cima dessa folha olho ela passar sem me olhar. Oinc! Pulo para outra folha, pulando para lá e para cá, para a bruxinha não me encontrar. O que eu gosto mesmo é de pular!

Eu tenho que tomar cuidado com a bruxinha, mas não consigo. Se ela aparece fico com medo dela, mas se ela some fico apavorado sentindo a falta dela. Escuto gritos de felicidade estampados no ar e vejo a bruxinha indo embora demorando a voltar, o que me faz entender que ela tem outros pântanos para visitar, dessa maneira ela some no escuro me deixando olhando para o céu e pensando:

“Quando será que a bruxinha malvada vai voltar?”

Repentinamente ela surge da escuridão me pegando no pulo em uma grande surpresa, pousa perto de mim, se aproxima e fala:

- Vou jogar a minha poção mágica em você e te transformar novamente.
- Tenha piedade de mim! Em humano não!

- Então vou transformá-lo no que você era.

Ela enfiou a mão no saco mágico retirando uma poção estranha e jogou sobre mim. Naquele exato momento comecei a voltar às origens, meu corpo se modificou e voltei a ser uma serpente rastejando, nadando e subindo nas árvores do pântano, agora quando vejo a bruxinha malvada voando, fico camuflado entre os galhos, mas meu coração continua queimando pelo feitiço dela.

Ela voa dependurada na vassoura, plantando bananeira, em pé e surfando nas ondas do vento, depois passa voando e gritando na frente da lua para ter certeza que a estou vendo passar.

Paulo Ribeiro de Alvarenga
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